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segunda-feira, 27 de junho de 2016

Aspergilose



A aspergilose é causada por membros do gênero Aspergillus que se apresentam nos tecidos como hifas hialinas septadas e ramificadas dicotomicamente, ou seja, num ‚ ângulo de 45 graus. A micose se manifesta em três formas clinicas: a alérgica, de colonização e a forma invasiva. Poucos grupos de Aspergillus causam infecção no homem. Espécies de Aspergillus dos grupos fumigatus, nigere, flavus os patógenos mais comuns, porém também podem causar infecção por fungos dos grupos nidulans terreus, ustus e restrictus. O aspecto microscópio do conidióforo permite a distinção entre as diferentes espécies.

 Dentre elas, cerca de 20 espécies podem infectar o homem, sendo A. fumigatus, A. flavus, A. niger, A. nidulans e A. terreus as mais prevalentes. Encontram-se relacionados à decomposição de substratos orgânicos, mas também na produção de alimentos e dos ácidos cítrico, glucônico e gálico.



A diferenciação entre espécies pode ser feita pela análise morfológica microscópica dos conidióforos, bem como de sua coloração, além da macroscópica das colônias. Estas se apresentam inicialmente de cor branca, posteriormente passando a verde, amarela, castanha ou negra. Possuem inicialmente uma textura aveludada tornando-se pulverulenta com a produção de esporos, que dependendo da espécie podem apresentar rugosidade da parede.
 
 
 
 
Aspergillus fumigatus
 
 
 
Aspergillus flavus

Aspergillus niger

 
 
 
 
Ao entrar em contato com o trato respiratório, os esporos (que possuem o tamanho exato de um alvéolo) podem ser eliminados pelo movimento ciliar, juntamente ao muco ou via fagocitose, ocasionar processos alérgicos e/ou inflamatórios, infecções respiratórias e até doenças disseminativas. Seja por exposição contínua ou imunossupressão em indivíduos, este fungo está intimamente relacionado ao desenvolvimento de doenças em regiões do interior, acometendo principalmente floricultores, granjeiros e horticultores, bem como indivíduos em áreas hospitalares, especialmente em períodos de reforma. 
      Modelo de transmissão e resposta imune inata do indivíduo. (Fonte: PARK, S. J., MEHRAD, B., 2009) 
 
 
 
Existem outros métodos de diagnóstico de extrema importância que usualmente são realizados em concomitância à cultura, principalmente o exame micológico direto (KOH 20% como clarificante), exames de imagem como as radiografias e anatomopatológicos como a biópsia, além de testes sorológicos como a presença de precipitinas (antígenos específicos), testes de hipersensibilidade cutânea e técnicas moleculares como a reação em cadeia da polimerase (PCR).




Micológico direto – Aspergillus nidulans (à esquerda)  Biópsia de parênquima pulmonar – Coloração de HE – Hifas de Aspergillus sp. com crescimento radial (45º) (à direita na seta) 
(Fontes: dehs.umn.edu/iaq_fib_fg_gloss_aspergillusnidulans_photo1.htm ; elsevier.es/es-revista-medicina-clinica-2-articulo-mujer-20-anos-con-fiebre-90098209)
 
 
 


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